A narrativa do Dilúvio do Gênesis compõe os capítulos 6-9 do livro de Gênesis, na Bíblia. A narrativa, uma dos muitos mitos sobre inundações encontradas em várias culturas humanas, indica que Deus quis retornar a Terra ao estado de pré-criação do caos aquático inundando a Terra por 370 dias (150 dias de inundação + 220 dias para secar as terras inundadas) por causa dos delitos da humanidade, e então refazê-la usando o microcosmo da Arca de Noé. Assim, o dilúvio não foi uma inundação ordinária, mas uma reversão da criação. A narrativa discute a maldade da humanidade que levou Deus a destruir o mundo por meio do Dilúvio, a preparação da arca para certos animais, Noé e sua família e a garantia de Deus para a existência da vida sob a promessa de ele nunca mais enviaria outro dilúvio.
Embora o consenso dos estudiosos desde o século 19 tem sido o de que esta história não pode ser literalmente verdadeira, alguns grupos religiosos ainda abraçam amplamente a história da Arca. Entre outras questões e problemas estão as imensas dificuldades de explicar como coletar, abrigar, dar de beber, alimentar e cuidar de um grande número de animais em um navio de madeira menor do que muitos navios modernos poderia ser geograficamente encontrada. Por esta e outras razões a história da arca de Noé é geralmente considerada como uma lenda.
Origens e composição
Embora o consenso dos estudiosos desde o século 19 tem sido o de que esta história não pode ser literalmente verdadeira, alguns grupos religiosos ainda abraçam amplamente a história da Arca. Entre outras questões e problemas estão as imensas dificuldades de explicar como coletar, abrigar, dar de beber, alimentar e cuidar de um grande número de animais em um navio de madeira menor do que muitos navios modernos poderia ser geograficamente encontrada. Por esta e outras razões a história da arca de Noé é geralmente considerada como uma lenda.
Origens e composição
Estudiosos afirmam que a narrativa do Genesis é composta de duas histórias diferentes que foram combinadas na forma final canônica de Genesis 6-9. Alguns acadêmicos chamam estas de Fonte Javista (YHWH) e Fonte Sacedotal (Elohim). Cotter lista algumas das notáveis dificuldades entre as duas fontes: duas razões diferentes são dadas para o porquê do dilúvio acontecer, à Noé são das duas diferentes instruções sobre os animais e aves serem aceitos a bordo na arca, existem dois prazos diferentes dados para quanto tempo durou o dilúvio, existem diferentes explicações explicações para a "natureza das águas do Dilúvio", diferentes circunstâncias pelas quais Noé e os animais deixaram a Arca e dois "nomes divinos" Elohim e Yahweh são usados.
Barry L. Bandstra afirma que existem diferenças no estilo característico e vocabulário, e que eles não são totalmente contraditórios. John Byron diz que, quando existem aparentes contradições, eles não são normalmente vistos como erros por estudiosos judeus, mas como alusões a significados mais profundos. Mesmo interpretes posteriores tem procurado descobrir a harmonia básica que subjaz à narrativa, seja escrita por diferentes autores, em tempos diferentes, ou em diferentes culturas.
O Dilúvio Bíblico na Mitologia Comparada
A narrativa do dilúvio do Gênesis é mais uma de numerosos mitos de inundação. Muitos estudiosos acreditam que a história de Noé e do Dilúvio Bíblico são derivadas das versões mesopotâmicas predominantemente porque a mitologia bíblica que hoje é encontrada no Judaismo, Cristianismo, Islamismo e Mandeísmo é consistente com as antigas histórias da Mesopotâmia escritas sobre o Grande Dilúvio, e que alguns dos primitivos hebreus viveram na Mesopotâmia, durante, por exemplo, o cativeiro babilônico. O mais antigo mito escrito sobre o dilúvio é o mito do dilúvio sumeriano, encontrado no Épico de Ziusudra. Histórias similares e mais recentes são encontradas nos textos do Épico de Gilgamesh e do Épico de Atrahasis.
A Narrativa do Dilúvio: Os Nefilins (נְפִלנ ְפִיל)
Gênesis 6:1–4 apresenta os Filhos de Deus se unindo às filhas dos homens e gerando uma raça de gigantes, "os homens valentes da antiguidade, homens de renome". O Gênesis continua: "E o Senhor viu que a maldade do homem era grande na terra. e que toda a imaginação dos pensamentos do seu coração era má continuamente". Deus decidiu destruir o que ele tinha feito e começar de novo com o justo Noé. Deus escolheu o dilúvio como instrumento da destruição que é retratada como uma verdadeira inversão da criação.
O Julgamento de Deus
Na narrativa do Gênesis, o dilúvio ocorre porque Deus julga a humanidade. Nos versos 6:5-8, Yahweh (ou "O Senhor") julga a humanidade por ser perversa e má. Nos versos 6:11-22, Deus julga a humanidade por ser corrupta e violenta. O julgamento nos versos 6:5-8 é pensado a ter sido escrito antes e combinado posteriormente com a segundo. Este elemento do julgamento faz com que a história do dilúvio bíblica se diferencie do dilúvio do babilônico Épico de Gilgamesh. Na história de Gilgamesh o dilúvio é mencionado apenas em passagem da própria narrativa do Épico, e aparece como tendo sido resultado de um capricho politeístico, e não o supremo julgamento de um Deus moral. Contudo na versão do Atrahasis da história babilônica do dilúvio (que lida diretamente com a inundação), fica claro que o dilúvio foi enviado pelos deuses para reduzir a superpopulação humana, e depois do dilúvio outras medidas foram introduzidas para prevenir que o problema acontecesse novamente.
Preparando a Arca
Começando com Genesis 6:14, Deus dá instruções à Noé para construir um navio à prova d'água que iria abrigar sua família, juntamente com uma amostra de cada vida animal. O navio é uma arca feita de madeira gôfer coberta por piche por dentro e por fora. A Arca era para ter 300 côvados de comprimento, 50 metros de largura e 30 côvados de altura e com uma abertura para a entrada da luz do sol no alto, uma entrada em um lado e três plataformas. Deus disse à Noé que ele, seus filhos, sua esposa e as esposas de seus filhos, e dois exemplares de cada espécie - macho e fêmea - sobreviveriam na Arca (Genesis 6:1–22). Sete dias antes do Dilúvio, Deus disse à Noé para entrar na Arca com sua família, e para levar sete pares de cada animal limpo e cada pássaro, e um par de cada um dos outros animais, para manter sua espécie viva (Genesis 7:1–5)
O Grande Dilúvio
A fonte Sacerdotal (Elohim) descreve a natureza das águas do dilúvio como um cataclisma cósmico, pela abertura das nascentes das profundezas e das comportas ou janelas do céu. Isto é o reverso da separação das águas mencionados na narrativa da criação de Gênesis 1. Depois que Noé e o restante dos animais estavam seguros, as fontes do grande abismo e as comportas ou janelas do céus foram abertas, causando uma chuva sobre a Terra por 40 dias. As águas se elevaram, com os picos das montanhas mais altas sob 15 côvados de água, inundando o mundo por 150 dias, e retrocedendo em 220 dias.
A versão javista (YHWH) de como as águas do dilúvio vieram a surgir é indicada em Gênesis 7:12, onde elas se desenvolvem por meio de uma chuva torrencial que dura ao menos 40 dias, e então recua em períodos de sete dias. Durante este tempo, a Arca repousou sobre as montanhas de Ararate, onde Noé abre a janela e enviou um corvo para fora, que foi de lá para cá. Então ele soltou uma pomba para ver se as águas haviam diminuído, mas a pomba não pode encontrar um lugar para descansar, e retornou à Arca. Ele esperou outros setes dias, e novamente soltou a pomba, e a pomba voltou à noite trazendo um ramo de oliveira. Ele esperou outros sete dias e soltou a pomba, e ela não retornou. Quando Noé removeu a cobertura da Arca, ele viu que a terra estava seca (Genesis 8:1–13).
O Pacto do Arco Iris
Deus faz um pacto de garantia com Moisés em Genesis 9:1–17. A Versão Sacerdotal (Elohim) assume a forma de uma forma de Aliança. Este é o primeiro ato explicito de uma aliança ou pacto na Bíblia Hebraica e é usada sete vezes neste episódio. Deus se empenha em continuar tanto a vida humana como animal e promete nunca mais usar um segundo dilúvio contra a humanidade. O pacto é selado com um sinal de um arco íris, após a tempestade, como um lembrete.
Deus abençoa Noé e seus filhos usando a mesma linguagem da Fonte Sacerdotal sobre a narrativa da criação do Gênesis. "Sejam frutíferos e aumentem e encham a Terra". Antes do Dilúvio animais e homens coexistiam em um domínio de paz e apenas conhecendo uma dieta vegetariana. Depois do Dilúvio, Deus sustentou que a humanidade seria responsável sobre os animais, garantindo que eles poderiam servir como alimento sob a condição que o seu sangue fosse retirado. Deus estabeleceu estas regras de pureza bem antes de qualquer transação com o Antigo Israel, e efetivamente não se limitaria tal procedência exclusivamente à fé judaica. A vida humana recebe sanção divina especial porque a humanidade é uma imagem de Elohim (Deus)
Tabela: Os elementos das fontes Sacerdotal (P) e Javista (J) da narrativa do
dilúvio (Gênesis 6-9)
Fonte Sacerdotal
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Fonte Javista
|
Título e Introdução
|
|
Punição divina por causa
6:11:13
da maldade humana
|
Punição divina por causa
6:5-8
da maldade humana
|
Noé é ordenado a construir
6:14-18a
uma Arca
|
|
Noé é ordenado a levar sua
6:18b-22
família e dois exemplares de
cada espécie animal dentro
da Arca.
|
Noé é ordenado a levar
7:1-5
sua família, sete pares
de cada animal limpo e
um par de cada animal impuro
dentro da Arca.
|
Idade de Noé
7:6
|
|
Data do Dilúvio
7:11
|
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A chuva cai por mais de 40 dias 7:12
|
|
Noé, sua família e os
7:13-16a
animais entram na Arca
|
Noé, sua família e os
7:7-10
animais entram na Arca
|
O dilúvio vem sobre a Terra
7:17a
|
O dilúvio vem sobre a Terra 7:16b e 17b
|
Descrição do Dilúvio
7:18-21
|
Descrição do Dilúvio
7:22-23
|
A inundação dura 150 dias
7:24
|
|
Deus termina o dilúvio
8:1-2a
|
O Dilúvio termina
8:2b-3a
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As águas recuam e a
8:3b-5
Arca para sobre Ararat
|
Noé envia pássaros
8:6-12
para testar o nível das águas
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Data da secagem do 8:13a e 14a
Dilúvio
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Noé vê que a Terra está seca 8:13b
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Noé é ordenado a deixar a
8:15-19
Arca
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Noé sacrifica a Deus
8:20-22
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Deus faz um pacto com Noé
9:1-17
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Duração da vida de Noé
9:28-29
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Referencias Bibliográficas
The Pentateuch A Story of Beginnings, Paula Gooder, T&T Clarck Approaches to Biblical Studies, páginas 38 e 39
O número de espécies que Noé precisaria salvar seria MAIOR do que as que existem hoje
ResponderExcluirA “RELAÇÃO ENTRE ESPÉCIE E ÁREA” mostrou que TODO DIA 73,5 espécies DESAPARECEM; e que o número de espécies que Noé precisaria salvar seria MAIOR do que tudo o que existe hoje.
Pois na época de Noé as FLORESTAS ainda eram VIRGENS e GIGANTESCAS; os RIOS ainda não estavam POLUÍDOS; o MAR ainda não havia virado “DEPÓSITO” de resíduos, os PÂNTANOS ainda não haviam SUMIDO, os MANGUEZAIS ainda não haviam se degradado ou desaparecidos, e os DESERTOS ainda eram regiões férteis e verdes.
Caso o “Dilúvio” seja comparado com as 06 grandes EXTINÇÕES EM MASSA, que antes do homem surgir fizeram desaparecer cerca de 99% dos gêneros existentes tanto no AR, como na SUPERFÍCIE do planeta Terra, e na ÁGUA; o mitológico Dilúvio de Noé vira uma simples enchente, e um degelo (que só aconteceu no lado do planeta Terra voltado para o Sol).
O relato de um “Dilúvio mundial” e a história da Nau sem rumo, sem leme, sem vela, sem remo, sem motor, sem âncora e sem destino, ter sido a única que conseguiu sobreviver, não passa de um “Conto de fadas” religioso, que a Bíblia usa para apavorar os devotos e reforçar os supostos poderes do Deus YHWH.
Existem dezenas de lendas sobre o suposto Dilúvio, originárias de muitas culturas diferentes, como a Babilônia, a Romana, a Indiana, a Australiana e as Americanas.
E todas alegam que a causa do “Dilúvio” foi algum “castigo divino”, que houve a destruição da Humanidade e que um casal teria sobrevivido, pois muitos povos antigos têm alguma lenda onde os antepassados teriam sobrevivido a algum “Dilúvio global”, inclusive os pigmeus africanos, os celtas europeus, os incas sul-americanos, os povos do Alasca, da Austrália, da China, da Índia, da Lituana, etc.
Os atingidos pelos degelos glaciais não sabiam que a variação no ângulo do eixo de rotação da Terra, em relação ao Equador, aumenta muito a potencia da energia solar que é absolvida pelo lado mais iluminado do planeta Terra.
E que o anterior grande recuo do mar era prenúncio de que parte do gelo armazenado pelas geleiras um dia se derreteria, causando uma imensa enchente...
Se o Dilúvio afogou quase toda a vida existente no planeta Terra, por que jamais foram encontrados vestígios dos milhares de homens e animais que teriam perecido?
Se a Arca de Noé foi construída conforme as instruções existentes na Bíblia, ela não teria capacidade de reproduzir os vários ambientes ecológicos existentes na Terra.
E os que servem de “alimento” para outras criações teriam ficado mais de 375 dias lado a lado com os seus predadores.
Lisandro H